quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Portuguese police vs. Czech police

Not declaring and not even guaranteeing the efficacy of these different countries institutions, I would like to show you some pictures showing the 2 stereotypes. Even if there are men and men (or women) I think the idea running in the society is quite good expressed.

Portuguese example:





And the Czech example:



With these images I don't want to say that Czech police is better than Portuguese one. I want to stress that changes are needed in the Portuguese police way of admittance, formation and training of the society protectors. The authority is the police, not the thieves. The punishments are monetary fines (when applicable) and prison, not the (literally) term of identity and residence (the obligation of a person that committed a crime to present himself to the police once every week/month). The police as an institution that defends the citizens that fullfill the law has the duty of controlling the outlaws and calling them to the court, not the simple presence of the officers, which does not discourage the crime. Action is needed!
The number of people wanting to become a policeman in Portugal is quite good. however there is a limit number of candidates by law. This number should be increased, not to increase the number of policemen formed, but to increase the range of selection. More accepted candidates would permit also a greater exclusion of people that are not qualified for the job.

The symbolism of the Swastik cross


During my trip to Hong Kong, I had the possibility of visiting the Tian Tan Buddha statue, located on Ngong Ping village in Lantau island. I was extremely surprised by the symbol carved on the chest’s statue. A swastika! This brought me to search a little to become a bit less ignorant. I was a complete layman when looking at the statue. I was just thinking “WTF is wrong here?!”


Well the swastika is indeed an ancient symbol with many different meanings that became corrupted by the bloody chapter of the Nazism period. It can be seen in the art of Egyptians, Romans, Greeks, Celts, Native Americans, Persians, Indian, Hindus and Buddhists.

The list is extensive so let’s just focus in some of the crowd.


To Buddhists, the swastika represents the Dharma (“one's righteous duty or any virtuous path in the common sense of the term”), auspiciousness and good fortune as well as the Buddha’s footprints and heart. It can be found oriented to both sides (clockwise – to the right; and counter clockwise – to the left). In the first case, it represents strength and intelligence (ura manji) and, when facing left, it expresses love and mercy (omote manji). In China and Japan, the Buddhist swastika is seen as a symbol of plurality, eternity, abundance, prosperity and long life.


To Hindus the clockwise swastika is a symbol of the sun, the god Vishnu (the supreme God), the evolution of the universe; while the counter clockwise represents magic , Kali Yuga (“last of the four stages that the world goes through as part of the cycle of yugas described in the Indian scriptures”), the involution of the universe.


The Native Americans also used the swastika, with different meanings among the several tribes: the octopus that created the world (for the Kuna people), a ritual of healing (Hopi people)…


Finally when it was adopted by Adolf Hitler’s party the swastika could be understood as “the symbol of the creating, acting life” and as “race emblem of Germanism”. The red colour of the flag represented the social idea of the movement while in white the nationalistic idea. This horrific period of History added wrong interpretations to the ancient swastika and all the mysticism around it, especially in the youth population of the western world where its representation is even prohibited in some countries and always associated with slaughter and death.


“People only see what they are prepared to see”

domingo, 16 de agosto de 2009

Grandes Obras Públicas

Aqui pela Ásia, enquanto faço tempo para que amanheça, descobri um email enviado por um amigo onde se encontrava parte da crítica escrita por Miguel Sousa Tavares e publicada no Expresso.
Apesar de, pessoalmente, desgostar do autor, este texto tenta elucidar aos Portugueses a maneira como somos vistos lá de fora: eternos ignorantes caídos na tolerância da arrogância dos sucessivos governos que têm marcado a política nos últimos anos. Resumindo:
- auto-estradas sem veículos,
- potencial agrícola sub-aproveitado e até abandonado,
- falta de iniciativa para a modernização das linhas ferroviárias já existentes,
- o projecto ridículo do TGV e a comparação com o TGV escandinavo (que não existe nem há planos para existir nestes países evoluídos, tidos como modelo para os restantes),
- alternativas pouco estudadas à construção de raíz de um novo aeroporto,
- investimentos que prometiam mais e melhor e continuam sem estarem concluídos.

Vale a pena ler este balanço, em tom de conversa:
http://aeiou.expresso.pt/esta-noite-sonhei-com-mario-lino=f523352

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Hannah Clark



She is a 16 year old girl whose story travelled around the world. During early childhood she had a cardiomyopathy and to overcome this situation a heart transplant was necessary. At the time, doctors decided to perform it using the “piggy-back” technique. This means, like in a kidney transplant, that the original organ(s) stays inside the body. For the kidneys it is really convenient because a retroperitoneal operation, which is extremely difficult, is avoided. However, in the case of the heart, the original diseased organ is normally removed and replaced by the donor’s one. Well, after transplantation she needed immunosuppressant therapy for life to avoid the rejection of the new organ. The drugs depressed her immune system and eventually she got lymphoma. Doctors had now a new challenge. To treat the tumor, chemotherapy was needed but for that, the immunosuppressant drugs had to be stopped leading to the rejection of the donor’s heart by Hannah´s immune system. Luckily she still had her original heart, which recovered from the cardiomyopahty through all these 14 years after transplantation. The chemotherapy solved the lymphoma, the donor’s heart was removed and Hannah has now a completely normal life without needing of almost any medication. Doctors were not expecting such a recovering from her heart. This opens new thoughts for the future heart transplants in children!

O Testamento Vital




Não percebo muito sobre o “Testamento Vital”. Não fazia ideia do que se tratava até pesquisar um pouco mais. Fiquei surpreendido ao constatar que muitos países Europeus terem adoptado um documento semelhante, antecipando-se, como sempre, às mudanças em Portugal. Foi proposto pela primeira vez por Louis Kutner em 1969, nos Estados Unidos. Trata-se de um documento que pode ser assinado quando uma pessoa se encontra em perfeita lucidez mental e que visa expressar a sua vontade de limitar as intervenções médicas em caso de uma doença incurável; determina “quais os cuidados de saúde que deseja ou não receber no futuro, no caso de, por qualquer causa, se encontrar incapaz de prestar o consentimento informado de forma autónoma". Assim, ao ser assinado o documento limita as actividades médicas à manutenção do conforto do doente e controlo da dor. Desta forma, depois de se confirmar que a doença é incurável e irreversível, o paciente evita intervenções invasivas que poderiam ou não melhorar o seu estado de saúde geral. No entanto, é direito do doente a defesa da sua dignidade, pelo que o documento, depois de devidamente analisado e avaliado deve ser adoptado, mesmo tendo como consequência a limitação do acto médico. Consta então que a proposta apresentada pelo Governo não reunia todas as condições para a sua adopção, tendo sido reprovado pelo Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Este diploma tinha já sido aprovado em Assembleia da República pelo PS e PCP, com a abstenção do BE e votos contra do PSD e CDS. O Governo decidiu então não levar o diploma a Belém com receio de um veto do Presidente da República. Com tantas dúvidas pelo meio torna-se evidente que o documento deve ser revisto o mais depressa possível de modo a ser aprovado e dignificar os doentes em Portugal. Caso curioso segue-se a estas múltiplas encruzilhadas... O Prof. João Lobo Antunes foi afastado do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida por razões ainda por esclarecer o que, segundo o semanário SOL deixou o Presidente da República “estupefacto”. Muitas confusões que só prejudicam e atrasam um documento simples, tornado em mais um caso de burocracia e política com desacatos entre o Governo e um orgão independente (que muitos dizem pretender controlar). No final, a mesma conclusão de sempre, trocam-se as pessoas nas diferentes instituições da maneira que vais convém aos governantes e não de forma a trabalhar e lutar por um País melhor, mais transparente e menos burocrático.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Farmacêuticos vs 'Delivery boys'

Elisabete Mota Faria, Presidente da Ordem dos Farmacêuticos propõe um novo estatuto para os inúmeros farmacêuticos em Portugal. Depois de 5 anos de estudos no Ensino Superior, muitos outros como licenciados, os farmacêuticos recebem agora a sugestão de fazer o acompanhamento de qualquer medicamento que saia de uma farmácia hospitalar até chegar ao doente. Apesar da medida parecer sensata, já que aumenta a segurança neste trajecto (isto depois dos recentes casos de cegueira por explicar no Hospital de Santa Maria, em Lisboa), há que relembrar que existem Auxilares de Saúde, Voluntários e outros que poderiam assegurar o correcto itinerário de qualquer medicamento dentro de um hospital. Será mesmo necessário colocar os próprios farmacêuticos, que já têm de se preocupar com muito, a fazer de ‘delivery boys’?!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Serviço Nacional de Saúde


O SNS (Serviço Nacional de Saúde) foi criado em 1979 com objectivo de assegurar cuidados de saúde a todos os Portugueses. Nos seus fundamentos originais, um sistema nacional de saúde pretende assegurar que todos, independentemente do status social, recebem os cuidados de saúde adequados e, ao mesmo tempo gratuitos. Há muito que a introdução de taxas moderadoras acabou com a definição de uma saúde gratuita.

A própria Constituição Portuguesa levanta dúvidas quanto à interpretação do artigo 64, ponto 2, alínea a) que explicita: “O direito à protecção da saúde é realizado através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito”. O que se entende pela expressão “tendencialmente gratuito”? Onde se encontra a transparêcia da própria Constituição quando são utilizadas expressões que levantam tais dúvidas? Ainda há semanas atrás pudemos ver a facilidade como, pelas diversas interpretações que se podem fazer, a Constituição pode ser posta em causa! Refiro-me ao episódio de Alberto João Jardim e à tentativa de proibição do comunismo enquanto partido político: "a democracia não deve tolerar comportamentos e ideologias autoritárias e totalitárias, não apenas de direita, caso do fascismo, esta expressamente prevista no texto constitucional em vigor, como igualmente de esquerda, caso do comunismo". Tais dúvidas não devem surgir no documento de uma Nação e por isso este não deve ser algo estático, fixo mas sim um documento passível de alterações, de modo a preservar a sua transparência, à medida que os tempos mudam.

Voltando ao SNS, agora vendo outra perspectiva. É imcomportável, nos dias que correm assegurar um serviço totalmente gratuito, onde o investimento provém dos impostos pagos pelos contribuintes. Primeiro porque a corrupção e a falta de transparência tingem o próprio SNS. Por exemplo para se chegar a director de um serviço de medicina, um médico não precisa de ser competitivo à partida, já que este cargo é designado pelo Chefe de Serviço e não por um concurso em que se prima pela qualidade do médico em si. Ou seja, se o médico aspirante a director, seguir as directrizes do chefe está em vantagem em relação a outro médico que, apesar de não ser da opinião do chefe, terá desenvolvido e mostrado mais trabalho e competência do que qualquer outro.

Segundo porque o serviço público não abrange apenas o tratamento dos doentes mas também o ensino da arte que é a Medicina. Isto tem custos adicionais e torna o serviço público mais caro do que qualquer outra instituição de saúde privada. Estamos a formar médicos às custas dos contribuintes para depois exercerem a sua profissão no privado, onde o próprio contribuinte que pagou parte da formação de um médico, não pode agora aceder aos seus cuidados!

Terceiro o SNS foi criado tendo por base a carreira médica, pelo que a sua implementação primava a igualidade entre médicos que atingem determinados patamares da sua carreira. Isto é, cargo igual, salário igual. Esta medida cai na mediocridade e na má produtividade pois não premeia o esforço individual na procura de melhores cuidados. Uma vez mais, os hospitais privados ultrapassaram este sistema, premeando a eficácia, conhecimento e produtividade de médicos individuais.

A meu ver, o SNS deveria ser então um Sistema de Saúde que englobasse quer as instituições públicas, quer as instituições privadas de modo a garantir um acesso justo aos cuidados de saúde. O sistema público por si só, tem obrigação de assegurar os cuidados de saúde primário de modo a receber qualquer paciente e encaminhá-lo às diferentes especialidades médicas. Estas poderiam fazer parte ou não da instituição pública, sendo que se não o fossem, deveriam existir acordos entre o Estado e a instituição privada em causa de modo a aumentar a qualidade dos serviços de saúde e, paradoxicalmente, diminuir os custos da saúde em Portugal.